Uma Breve Eternidade:
Emoção e Comoção
na Música Europeia
(Séculos XII-XXI).
Património.

Capital de um Reino: Mértola Islâmica
“E Mértola jaz sobre o rio de Odiana; e é mui antigo castelo e há aí edifícios antigos.” Resume-se quase a esta alusão de ar-Razi, como assinalou Santiago Macias, o que os textos medievais nos dizem sobre a Mértola islâmica. Mas a importância da cidade ia muito além de tão parco depoimento. Aproveitando um esporão rochoso que separa o Guadiana da ribeira de Oeiras, era ponto fulcral no domínio do Baixo Alentejo. Sente-se aqui, de modo eloquente, o legado do Islão. Presença de mais de cinco séculos, faz parte de uma longa conjuntura histórica. As ruas da urbe, paralelas ao rio e comunicando entre si por estreitas passagens, sobrepõem-se ao traçado viário da época islâmica. Quanto às muralhas, alvo de constantes reparos, só podem ser pontualmente atribuídas ao mesmo período; da era almóada data a cortina Norte, com maciços torreões quadrangulares. São testemunhos importantes os vestígios da antiga mesquita, transformada em igreja após a conquista, em 1238, pela Ordem de Santiago, bem como as escavações de uma extensa zona habitacional, erguida no século XII. Na vida local, por outro lado, subsistem traços dessa herança.
Colaboração: Campo Arqueológico de Mértola
Apoio: Centro UNESCO de Arquitectura e Arte; Município de Mértola
Guias: Susana Gómez Martínez e Cláudio Torres (Arqueólogos)
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