Uma Breve Eternidade:
Emoção e Comoção
na Música Europeia
(Séculos XII-XXI).
Património.

Do Oriente e do Ocidente: Os Tapetes de Arraiolos
Os tapetes de Arraiolos representam, como assinalou Rui Miguel Lopo, uma das mais valiosas expressões do génio artístico português, assumindo lugar destacado no panorama das artes ornamentais do país. Bordados com fios de lã merina, tingidos de várias cores, sobre tela de linho, estopa do mesmo, grossaria ou canhamaço, denotam, ao longo da história, o sábio aproveitamento dos recursos locais. Está por esclarecer o mistério das suas origens, talvez ligado à continuidade, no Alentejo, de uma tradição própria das comunidades muçulmanas existentes entre nós: mouros e mouriscos foram hábeis artesãos têxteis. No coração do Alentejo, esta tradição atingiu o apogeu durante os séculos XVII e XVIII, quando, sob o impulso do Barroco, uniu o imaginário coevo, filtrado pela criatividade da arte vernácula, à influência dos tapetes importados do Oriente, em particular da Turquia e da Pérsia. Técnicas, materiais, objectos e saber-fazer constituem, em Arraiolos, um legado transmitido de geração e geração.
Colaboração: Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, Município de Arraiolos
Apoio: Centro UNESCO de Arquitectura e Arte
Guias: Rui Miguel Lobo (historiador) e José António Falcão (historiador da arte)
