Uma Breve Eternidade:
Emoção e Comoção
na Música Europeia
(Séculos XII-XXI).
Património.

Língua de Contacto: O Barranquenho
Língua – não oficial – da zona de Barrancos, onde se incluem a vila com o mesmo nome e algumas povoações próximas, o barranquenho conta com, aproximadamente, 3000 falantes. É filho da sua posição raiana, onde a influência das variedades meridionais do castelhano se faz sentir. Uma das principais características consiste na remoção do l e do s e do r no fim das palavras, fenómeno bem andaluz. O s, quando corta a palavra, aspira-se. Ainda na mesma área de influência, há a queda do d nas últimas sílabas quando entre vogais, e o j, tal como o ge, passam por vezes para o lado castelhano, usando-se nestes casos o x, tal como o v se ouve como b. O e, quando no final da palavra, diz-se i, condição que ultrapassa o âmbito local e está normalmente associada à pronúncia alentejana. Também o género de certos substantivos muda, como no castelhano; e os pronomes seguem a tradição do lado de lá da fronteira, antecedendo o verbo em vários casos – “vou-me” passa a “me bô”. Não há, todavia, um conjunto de regras que permitam definir o barranquenho em termos absolutos, até por ele se transmitir quase exclusivamente pela forma oral, o que acaba por torná-lo mais rico enquanto falar popular.
Colaboração: Município de Barrancos
Apoio: Junta de Freguesia de Barrancos
Formadores: Carla Pica (linguista), Dalila Lopes (engenheira alimentar)
