Uma Breve Eternidade:
Emoção e Comoção
na Música Europeia
(Séculos XII-XXI).
Biodiversidade.

Uma Dádiva do Montado: A Bolota
A bolota – fruto da azinheira, do sobreiro e do carvalho – tem um lugar fundamental na criação do gado, sobretudo o porcino, conferindo grande qualidade à sua carne. Mas as variedades mais doces assumiram também fundamental importância na alimentação humana. Os antigos povos europeus consumiam a glande íntegra, moíam-na para obter farinha empregue na confecção de pão ou maceravam-na em água, de que resultava uma bebida fermentada, muito nutritiva, comparável à cerveja. Na gastronomia tradicional, sobrevivem reminiscências desses usos, sendo a bolota empregue como complemento ou petisco. As populações rurais consomem-nas cruas ou assadas. Também era usual venderem-se, nas feiras, enfiadas de bolotas bem secas (aveladas) ou torradas. Noutros tempos, extraiu-se também óleo da bolota. Agora, assiste-se à redescoberta de tão nobre fruto, mas esquecido, cujo paladar é único: sem glúten, com alto poder antioxidante, uma gordura semelhante à do azeite e compostos assaz úteis à saúde. O “pão dos pobres” ganha protagonismo como um alimento do futuro.
Colaboração: Moinho de Pisões
Apoio: Município de Arraiolos
Guias: José Mira Potes (engenheiro zootécnico), Teresa Rita Barrocas (artesã)


